sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A CURA ESPIRITUAL



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DA CURA ESPIRITUAL


A cura de doentes pela imposição das mãos é tão antiga quanto a humanidade. Bastará que nos lembremos do acto quase instintivo da mãe que acaricia as regiões corporais de seu filho enfermo.
Nas diversas culturas, são muitos os métodos de cura com pontos comuns e especificidades próprias.
De todos eles, o unanimemente julgado superior é o da Cura Espiritual, em que o terapeuta mais não é do que um canal da Energia que flui no Cosmos.
Sinteticamente, diga-se, que o terapeuta se limita a transmitir ao paciente a Força Energética Curativa sem qualquer intervenção mental. Abandona-se a essa Força superior, que percorrendo o seu Espírito, como rio que flui num desfiladeiro e se lança numa baía, se deposita no paciente que a absorve. Do mesmo modo, o exorcista não actua em nome próprio, mas no de Deus ou de Cristo. 

O curador pode ou não ser religioso, invocar os seus deuses, anjos, santos, beatos e entes similares ou tão-somente consciencializar-se da Energia Curativa e sua origem.
No entanto, tenha-se em consideração que este tipo de cura só será acessível a seres com elevado grau de pureza e desenvolvimento espiritual; iremos encontrar idêntica limitação nas exigências da Igreja Católica no que ao exorcismo respeita. 

Uma primeira advertência: os médicos alopatas, os cépticos e a comunidade científica são em regra acérrimos críticos de todas as formas de cura que não se estribem no limitado espírito científico, nas verdades racionalistas do século. Atitude que se vem repetindo no decurso da história, bastando-nos retroceder um ou dois séculos, minúsculo grão de poeira no tempo, para que possamos entender as duas faces da ciência e da sua vulnerabilidade. O mesmo se dirá quanto a inúmeras crenças e dogmas da actividade meramente espiritual.

O curador espiritual não faz diagnósticos, não promete curas generalistas, específicas ou milagrosas. Não pode prometer o que não depende de si mesmo.
Também não deve em caso algum tratar pacientes que não estejam a ser diagnosticados e seguidos por médico assistente, não interferindo nunca na acção deste, nomeadamente denegrindo a sua ciência. Essa seria uma atitude irreflectida, prejudicial para o paciente; em rigor, um bom médico já é por si mesmo um tratamento, independentemente dos fármacos que prescreve.
Não cobrará em caso algum qualquer importância pelo seu trabalho. O médico procura e ama o oiro, o terapeuta espiritual o Espírito. Daí que seja necessário acautelarmo-nos com os curandeiros fraudulentos, que abundam e se multiplicam nos tempos de crise moral e económica, enriquecendo à custa dos simples, fracos e crédulos.

Os médicos e outros profissionais de saúde, fundamentam-se na sua ciência e nos seus poderes próprios, enquanto os terapeutas espirituais, se sentem humildemente utilizados como canal transmissor, tal como ocorre com os verdadeiros exorcistas.
Mas, quer o cepticismo racionalista elevado a um fundamentalismo pertinaz, quanto a superstição e a crença cega, são os maiores obstáculos ao desenvolvimento da espiritualidade.


***


Temos narrações de curas espirituais realizadas na presença do paciente, à distância, instantâneas, em várias sessões, com procedimentos vários, pela imposição das mãos na cabeça ou nas partes enfermas ou apenas pela sua maior ou menor aproximação ao corpo.


PROCEDIMENTO

1. O terapeuta deve estar em paz consigo, o corpo distendido e a mente tranquilizada pela cessação da actividade da mente;
2. Antes de iniciar o tratamento, deve pois preparar-se para o acto, pela oração, meditação ou por qualquer outro método que lhe permita aceder à Energia Curativa. Um curador que conheci há dezenas de anos e que não professava qualquer religião, não obstante tenha sido educado segundo os princípios da Igreja Católica, utilizava a seguinte fórmula, umas vezes a sós outras já na presença do enfermo:

“Eu que sou nada e se algo sou o sou em Ti, peço-te humildemente que me uses para o Bem.
Que a Tua força e paz sejam derramadas sobre mim, que me abro à Tua energia santificada para que me percorra na direcção deste Irmão, pacificando-o e curando-o de todos os males.” 

3. Sentar-se-á junto do paciente, que poderá estar sentado ou deitado, preparando-o segundo as suas convicções e visualizando a operação de cura. Alguns proferem orações em consonância com os seus credos. Outros limitam-se a obter por via do silêncio a tranquilidade espiritual que deverá sempre emanar da sua presença, transmitindo-a ao ambiente que os cerca.
4. Ultrapassada esta fase, sentindo-se em verdadeira comunhão com a Energia Curativa do Universo, deverá impor as mãos no paciente ou a alguma distância do seu corpo, segundo a sua intuição;
5. A Energia curativa começará a fluir pelo terapeuta e conduzida pelas suas mãos ao paciente. É fundamental que ambos estejam plenamente convictos de que essa energia não procede do terapeuta. Alguns irão identificá-la com o poder curativo de Deus, Jesus, Alá, Espírito Santo, de um Anjo, enquanto outros com a Energia própria do Cosmos. Conheço quem afirme, mesmo sem professar qualquer crença, que é o Espírito Santo que cura e a Ele se dirige (é óbvio que a sua interpretação do Espírito Santo não coincide integralmente com a doutrina da Igreja Católica);
6. Quando o terapeuta consegue visualizar correctamente o fluxo energético que o percorre e se vai depositar no paciente, e quando este também manifesta sinais de o estar a receber, sabemos que nada está a obstar à obra do Espírito Santo.
7. Aí, dará por finda a sessão, proferindo palavras de encorajamento e agradecimento segundo as suas crenças pessoais.
8. Se se mostrar necessário, tendo por pressuposto o estado psicofísico do enfermo, repetirá as sessões.




(SITE PESSOAL)




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